A força de reconhecer-se as leis sistémicas no contexto académico

2017-06-01

O alemão Bert Hellinger, Teólogo, Filósofo, Missionário e Célebre Terapeuta em questões familiares, clarificou o papel que respeita à escola e o que cabe à família. Defendeu a importância dos agentes educativos, conhecerem e entenderem como atuam as três leis sistémicas/fenomenológicas, no Sistema Educativo, porque quando violadas, originam os grandes problemas e desafios escolares, sendo que algo quer ser visto, reconhecido e respeitado.

A primeira lei é o pertencimento. Todas as crianças devem ser reconhecidas, como elementos da escola, reforçando o que é defendido pela ONU, OCDE e UNESCO.

A segunda lei é o reconhecimento hierárquico. Sistémicamente, os pais chegam primeiro, exercendo o papel de dar a vida aos estudantes. Nesse sentido, os professores e restantes agentes escolares, devem-lhes profundo respeito, aceitando que os Pais fizeram o melhor que sabiam e podiam, com as oportunidades e modelos que tiveram. Assim, os alunos sentem-se inconscientemente respeitados e que têm direito a pertencer à sua família, tal e qual se apresenta. Franke ressalta que em primeiro lugar estão os Pais, depois os Alunos e só em terceiro os Professores e demais agentes educativos.

A terceira lei é o equilíbrio entre dar e receber. Os Pais ao darem a vida aos Estudantes, justificam a existência e sentido das escolas, oferecendo emprego aos Agentes Educativos, sendo que estes devem agradecer reconhecidamente aos pais, e honrá-los através dos filhos, certificando-se que cumprem os objetivos educativos.

A inclusão da família no contexto escolar, enquanto primeiro sistema que o sujeito conhece e onde aprende diversos saberes, é muito diferente daquilo que pode vir a "saber" e a tornar-se, com a forte influência de novos modelos certificados em competências sistémicas/humanas/de carreira, que se encontram no desenvolvimento intrapessoal, interpessoal e contextual, além dos conhecimentos específicos das disciplinas que já dominam tecnicamente e lecionam.

Mais do que promoverem a construção de habilidades humanas ou de carreira nos alunos, primeiro desenvolvem-se a si mesmos, olhando e tratando as próprias questões, reduzindo/eliminando as projeções inconscientes nas pessoas ao redor e nos lugares, construindo o próprio bem-estar psicológico e resultados de excelência (sempre mais e melhor a cada dia), nos diferentes papéis que desempenham, entre lugares.

Isabela Oliveira


Partilhar: