Não sei…é a minha posição favorita!

Já esteve ou está na posição de amar e ser amado sem condições?

 

É algo fabuloso, não é? Sentirmo-nos únicos, verdadeiros e especiais. Sem máscaras. Tudo é transparente! Há lugar ao “eu”, ao “tu” e ao “nós”!

Mas para apreciarmos um amor incondicional temos de reconhecer o “entediante” oposto. O amor com condições e exigências. Entre duas “almas depenadas e doentias”. Procuram no outro a sua salvação. Como é que alguém que não se tolera. Que não sabe quem é. Ou não sabe o que quer pode estar bem e em par? É uma perfeita ilusão!

Em posição de amor incondicional descobre-se autenticidade na forma de ser e de estar do outro. Verifica-se congruência. Curiosidade e admiração. Conexão em cada encontro. Liberdade e prazer. Há entrelaçar de ternura e compaixão, sem esforço ou entrave e é livre de interesses ocultos.

Há enriquecimento e prazer sem qualquer intenção. Acontece porque sim. Vem da alma, é algo sincero e fluido. Há liberdade para eu ser quem sou. Aqui o ego não mora. Apenas as sombras brancas que vejo no outro. Que me confortam e aquecem. Inspiram-me a ser cada vez melhor, a deslumbrar e a ser correspondida em espelho sorridente e clarividente. Tenho vontade de partilhar a minha história e concomitantemente seguir a biografia do outro.

Estou presente em qualquer circunstância. Aplaudo as conquistas do "par" e reforço as suas qualidades. Numa queda entrego a mão trazendo harmonia e afeto profundo que ultrapassa qualquer barreira.

Posso ser quem sou e apreciada pela minha peculiariedade. O outro pode ser quem é e considerado pela sua unicidade. Sou aceite na totalidade do pacote e recebo o interior e exterior do outro, assim como o que ele tem.

Esta relação é harmoniosa. Eu sou saudável e plena, assim como o meu parceiro. Cada um de nós encontra-se bem na sua pele. Juntámo-nos em parceria e cumplicidade, dando lugar também ao “nós”.

No crescimento individual de cada um, pode verificar-se que permanecer na relação seja prejudicial para ambos. De forma madura e livre de crenças limitadoras conversamos sobre o que sentimos e encontramos uma solução que agrade a ambos. Entendemo-nos e ficamos livres para voarmos individualmente, sendo que somos independentes e autónomos. Sem ressentimento e sem censura. Apenas a querermos o melhor para o outro.

Escolho a posição de amor incondicional. Primeiro “comigo” a usufruir da totalidade de mim. A existir um “nós” é porque o “outro” é pleno e incondicional de amor para consigo.

Isabela Eunice